Estamos vivendo um momento no Brasil de crise, quem nunca ouviu isso?

Então vamos lá, é crise econômica, crise política, crise nas empresas, aumento do desemprego, crise moral, crise de valores. Acordamos pela manhã com essas informações em nossos noticiários de jornal, na TV, no rádio, no almoço com os amigos e no happy hour da sexta-feira após uma semana de trabalho exaustivo.

Nós somos bombardeados o tempo todo por novos escândalos, novas investigações, novos atentados, novos casos de preconceitos, a desigualdade social ainda e muito grande no mundo assim como a fome.

Fazer as coisas no automático todos os dias, sem um sentido próprio, sem questionar é viver alienado por algumas instâncias da sociedade. Levantamos de manhã, trabalhamos, comemos, reproduzimos, e tudo isso não faz o menor sentido em nossa vida, tudo isso se refere ao modo de pensar que se impõem ao indivíduo sem que ele participe dessa estruturação de vida, como se ele não pudesse escolher.

Isso me remete ao Mito de Sísifo: Que foi condenado pelos deuses a receber um castigo, ele deveria rolar uma enorme pedra morro acima, até o topo. Porém, chegando lá, o esforço despendido o deixaria tão exangue que a pedra se soltaria e rolaria morro abaixo. No dia seguinte, o processo se daria novamente, e assim pela eternidade, como forma de envergonhá-lo pela sua esperteza em querer enganar os deuses e a morte”.

Se nos deixarmos levar por todas essas informações e por esse modelo de levar a vida de forma automática, e bem provável que nós entraremos em crise e abriremos falência emocional, precisamos ter algumas questões em nossa vida muito bem clara e estruturada.

Nós somos seres humanos providos de Inteligência, ou seja, temos a capacidade de compreender e resolver novos problemas e conflitos e de adaptar-se a novas situações promovendo sempre um questionamento até formar nossas próprias opiniões, nossas verdades e nossos objetivos.

A forma que olhamos para nossas vidas faz toda a diferença no resultado, o olhar para vida de um modo positivo e criativo mesmo em momentos de “Crises” é o que nos deixa a frente no momento de fazer escolhas, de tomar decisões, de abrir um negócio ou de mudar a área de atuação do nosso negócio.

Como diz o Mário Sergio Cortella

“Faça o teu melhor, na condição que você tem, enquanto você não tem condições melhores, para fazer melhor ainda!” Se você se contenta com o fazer o possível, você é uma pessoa medíocre.

Acredito que no mundo dos negócios não temos tempo para ser medíocres, temos que fazer o melhor independente das adversidades.

O que faz com que você se torne uma pessoa que se destaca no mundo é o esforço que você deposita para traçar e alcançar os seus objetivos é a sua vontade de vencer, seu foco, sua perseverança e paixão pelo que faz. Esses são seus diferenciais na hora de subir ao topo.

O Insucesso pode ocorrer, mas, ele deve ser visto como uma oportunidade para recomeçar e construir uma nova história.

E para inspirar a todos aqui na Revista a Empreendedora, eu trago algumas histórias inspiradoras e reais de empresas que surgiram em momentos de crises.

Na devastada Itália do pós-Segunda Guerra, o cacau havia sumido dos campos. Foi aí que um confeiteiro da região do Piemonte, Pietro Ferrero, resolveu criar um creme mais em conta, feito de avelã, açúcar e somente uma pitada de cacau. Com o sucesso que a receita causou logo no interior italiano, o negócio só cresceu. Primeiro, era recheio de bolo, passou para um creme até virá objeto de desejo pelos loucos por doce. No período de 2013/2014, o Grupo detentor da marca NUTELLA, registrou um faturamento consolidado crescente de 8.4 bilhões de euros.

A procura pelo café no início dos anos 1930 caiu consideravelmente em todo o mundo, prejudicando os produtores do Brasil, que, à época, tinha a maior produção do grão no planeta. Milhões de sacos de café estragado estavam sendo destruídos, até que a Nestlé teve a ideia, a pedido do governo brasileiro, de fazer com o produto o que já fazia com leite: transformar em pó. A intenção era torná-lo mais durável. O lançamento foi em 1938, alcançando rápido sucesso na Europa. Na época, os produtores de café torrado e moído fizeram grande pressão contra o novo produto, mas de nada adiantou. Atualmente, NESCAFÉ é a marca mais valiosa da Nestlé.

A história da LOCALIZA mostra a capacidade de um empreendedor que tem uma visão a longo prazo. Considerada atualmente a maior locadora de automóveis da América Latina, a empresa surgiu em meio à crise do petróleo. Em 1973, José Salim Mattar Junior iniciou o negócio com seis Fuscas, em Belo Horizonte, numa época em que não era aconselhado investimento em automóveis, por conta da explosão do preço dos combustíveis. A estratégia adotada foi de continuar oferecendo um bom serviço, mesmo com as adversidades. Em 1979, na segunda crise do petróleo no Oriente Médio, o empresário, ao invés de segurar o capital, expandiu a marca para Vitória. Em seguida, a empresa chegou às cidades do Nordeste, sempre optando por comprar locadoras de carros locais, pois, além de evitar dificuldades operacionais, herdava frota e cadastro de clientes. A Localiza tem ações negociadas na Bolsa de Valores de São Paulo desde 2005 e está presente em 372 cidades de 9 países.

Fonte: a Empreendedora